Terminou nesse último fim de semana o principal campeonato de rali virtual brasileiro; o WROC. Em 7 etapas, foram 3 vitórias de Laska e 1 vitória de Holz, que renderam respectivamente o vice campeonato e o quarto posto na tabela de classificação final. Por equipes, a dupla pirata foi vice.
A última etapa foi disputada em terras nórdicas, o Rally da Finlândia. Cascalho e terra com muitos saltos. Alê Laska matinha 20 pontos a menos que o líder, e com os 28 pontos em disputa ainda acreditava no título. “Eu tinha que acreditar! No rali virtual ocorrem muitas falhas e abandonos e nem sempre vence o mais rápido. Eu mesmo fui vitimado com abandonos em 3 das 7 provas. Isso ainda me dava esperanças. Fiz o melhor que pude em termos de setup e desempenho. Cravei um recorde nacional na especial Humalamaki. Venci o rali. Mas o tropeço do Diogo Souto não veio. Ele ficou em segundo nesta prova e somou os pontos necessários para obter o merecido título” ponderou o piloto.
Jonathan Holz vinha 33 pontos atrás do líder, já sem chances matemáticas de título, mas podendo disputar ainda o vice-campeonato conforme combinações matemáticas. Sofreu com falhas de equipamento no primeiro dia e acabou por acidentar-se no segundo dia de disputas. Termina sua temporada de estreia no 4º lugar com 1 vitória. “Não tive um desempenho bom e, por isso, não merecia chegar em 3º no campeonato. Nesta etapa, o travamento do software na leg 1 me tirou toda a motivação e concentração. Mas no fim das contas, a Piratas esteve bem representada, tendo o Laska como vencedor da etapa”, declarou.
No campeonato de Equipes a Piratas obteve o segundo posto final, com 21 pontos de desvantagem para a equipe campeã. Hélio Vamberto, chefe da equipe, havia se declarado muito contente com a possibilidade de lutar pelo título e pelo 3º posto com Laska e Holz respectivamente. “Dois pilotos no top 3 seria uma maravilha, hein?”, afirmou laconicamente ainda antes do resultado final desta etapa.
Sobre o destino da Equipe Piratas nas competições fora-de-estrada, essa prova soou quase como um adeus. Alê Laska, que também acumula a gerência de ralis da equipe, comentou em tom de despedida: “Terminado o WROC a Piratas pretende focar mais em competições de pista. É o que eu sinto da direção geral da Equipe. Ainda estou inscrito no campeonato sulamericano de rali virtual que começa em setembro. Mas vou sozinho e só porque já estou inscrito. Como equipe, o foco volta a ser a pista. A vocação original da Piratas é o autódromo. Nas 2 últimas temporadas tentamos expandir o rol de competições com novos pilotos de Rali e de Hill Climb como Vamberto, Castro, Holz, Pinho, Tiago Carvalho e outros. Foi uma grande experiência! Gratas surpresas como o título de campeão de Subidas de Montanhas da BRSD para Holz, por exemplo. Mas a vocação da equipe, como eu disse, é a pista. E é nela que entendo, como gestor de ralis, que deve estar a ênfase”.
Ficam a grande alegria das 4 vitórias em 7 etapas, os bons momentos de treinos e desenvolvimento, a corneta entre os pilotos do rali e os pilotos de oval, os sustos do “quase bati” e do “quase caí ladeira abaixo” e ficam, principalmente, os dois Subaru WRC 2006 que cumpriram um bom papel na garagem do museu Pirata!
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